Renda média bate recorde, mas desigualdade persiste

O brasileiro nunca teve, em média, um rendimento tão alto. No fim de 2024, a renda média mensal dos trabalhadores chegou a R$ 3.270, o maior valor já registrado no país. Apesar do marco positivo, os dados revelam que a recuperação econômica recente não beneficiou a todos de forma igual.

As informações são do boletim Emprego em Pauta, divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), nesta sexta-feira (13). O estudo mostra que, após um período de estabilidade entre 2014 e 2022, com exceção dos anos mais críticos da pandemia, o rendimento médio cresceu 7,5% entre 2022 e 2024.

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No entanto, o aumento foi bastante desigual. Enquanto os 10% mais ricos viram sua renda mensal subir em R$ 901, os trabalhadores com os menores salários tiveram um ganho de apenas R$ 76, uma diferença de 12 vezes.

Outro dado que chama atenção é que quase um terço dos ocupados no último trimestre de 2024 seguia recebendo até um salário mínimo, mesmo diante da alta dos preços de itens básicos de consumo, que avançam em ritmo superior ao da inflação oficial.

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Diante desse cenário, o Dieese reforça a necessidade de políticas públicas voltadas à valorização do salário mínimo, incentivo à formalização do emprego e fortalecimento das negociações coletivas, como forma de garantir uma distribuição mais justa da renda e melhores condições de vida para a população trabalhadora.